contexto

Contexto
Não quero mas verdades
Não quero mas contexto.
Quero fugir e gritar...
Esquecer e apagar
Amor desmedido!
Que nunca ouvi
Nem me fez feliz
Quero verdade ainda que cruel.
Dolorida e desmedida
Quero dizer sem pauta
Sem nexo
Sem harmonia
Sem dia
Sem hora...
Que cansei de esperar
Pelos dias que nunca chegaram
Pelos carinhos jamais dados
Pela partilha jamais partilhada
Não me tira mais nada
Nem dia, nem minutos
Nem sorriso
Nem pensamentos.
Digo-te apenas
Me deixe partir...

Somente hoje!

Somente hoje!

Meus olhos ficaram fechados
Para eu tentar te ver no meu consciente...
Somente por agora quero pensar em ti.
O tanto você diz pensar em mim.
Sei que a exatidão do sentidos nos cega.
Faz nos dizer e querer coisas tão profunda.
mas não consigo ta certa.
Do que e verdadeiro.
Do quando se da por inteiro.
Em qual parte me encontro na tua realidade.
Onde esta a verdade?
Nos meus olhos tristes esperam
Cair da tua mão quando passares
Uma pétala que vem desfolhando pelo caminho.
Sei que passa e não me vê.
Mas eu te vejo...
Reparo-te todo...
Sinto teu perfume, enquanto minhas mãos
Cálidas desenha o teu corpo.
E olhando te vejo sorrir as que passam.
E meus olhos triste
Apenas olham submersos na lagrimas
Que caem enquanto você se afasta devagar.

NOTAR-SE!

Notar-se!

O quando desperta e me faz querer!
O quanto à mão suada espera.
O quando o dia fala...

Deixando no breve notar-se
Que seus olhos dizem tantas coisas
Que os meus se calam
Tua boca destila.

Enquanto a minha se abre.
Notar-se!
Que o arfar se esquenta.
E nos inventamos formas novas
De dizer eu te amo!

E desejar que aquele tempo perdure
E tudo fica
Nada se perde!
Diante dos olhos que te querem
Notar-se!

COM CARINHO MARGARETE

DESPEDIDA.....

Despedida...


Molhados meus olhos despedem.
De um tempo que não pode ser meu
Nem teu, nem de mais ninguém...


Perdida no universo das palavras
Que não foram ditas.
Nos beijos que não foram trocados
Nos carinhos jamais sentidos
Vou-me...

Estou no esquecimento.
Tentando entender
Aonde o dia ainda não veio
E a noite tem sido apenas uma criança
No colo da grande baba lua
Que a embala sem soneto...

Vejo a fumaça do cigarro!
Que sobe de uma boca tensa...
Que esta entre o tempo se perdendo.
E na noite soluça por um beijo...

PEDAÇOS DO NADA...

Pedaços do nada...

Caminhei onde não tinha estrada
Olhei pro nada...
Colhi pedaços de tempo.
Envolvidos na paciência.

Ouvi a pedra cantar
Enquanto as flores nasciam
No ébrio...
Deitei minha cabeça
No travesseiro do pensamento...
Pus-me a sonhar...

Nas tolices de palavras já mais dita
E na cumplicidade jamais existida.
Cai da cama do pensar.
Direto no chão de plumas.

Acaricio-me!
Envolveu-me!
E meus olhos não quiseram abrir...
Simplesmente dormi...
Colhendo pedaços do nada...

QUERIA NASCER...

Queria nascer...

Nas pétalas, mas terna da ternura.
Deitar sobre a volúpia do beijo
Nascer sem ter pressa
Viver sem correrias...

Queria eu nascer.
Naquela tarde onde tudo é especial.
Onde a presença faz sentido.
E a ausência nunca foi vista...

Queria eu nascer.
Quando a mão toca
Um rosto triste!
E seu toque enxuga a lágrima!
Que rolam na face fria...

Queria eu querer.
Nascer todas às vezes.
E pairar no desejo.
Quando o amor te invade!

ESPELHO DA ALMA...

Espelho da alma...

No espelho da alma vejo
Os olhos...
Olhos que falam
Olhos que pedem
Olhos que choram...

Dizem-se mansamente
Porque tu não vens...
Qual motivo da demora!
No espelho da alma.
A espera!
A tristeza
A angustia...

Ser humano não amado
Ser humano não revelado
Ser humano solitário
Chora no vazio...

Lamenta no silêncio!
Deita na solidão.
Metida na falsidade
Enquanto reflete.
No espelho da alma!


Com carinho margarete

Conchinhas do mar...

Conchinhas do mar...

Catei conchinhas do mar
Para enfeitar o teu caminho
Falei sorrindo a onda
Vem bem de vagarinho.

Não leve as conchinhas ainda
Pra eu poder pegar
Joguem-me a que tu tens bem grande!
Pra eu me enfeitar...

De conchas tão colorida
O mar me enfeitou e sorriu
Dizendo oh menina morena linda...
Nestes olhos tão grandes e negros.
Peço que me deixe ficar...
Nestes cabelos tão lindos e pretos.
Mando-te uma pérola.
Pra que nunca te esqueça do mar!

sonhei...

Sonhei...


Sonhei com pedacinhos do céu
Recheado de brigadeiros de estrelas.
Na ponta da língua sabores...
Exóticos e muito caramelo.

Doce como o mel
Mergulhei num copo de suco de sol.
Batido com brisa suave na face
Que dourava!
Hum! Que delicia.

Provei pedacinhos de nuvem
Com sabor de limão suave...
Mergulhei os dedos
Numa porção de lua.
E tinha sabor de frutas azuis.

Deitei sobre a linda e bela noite.
Depois de provar com toda paixão
Examinei cuidadosamente.
O quanto batia meu coração
Ao aproveitar todinho.
O que Deus fez pra mim...

CAMINHAR...

Caminhar

Sobre as planícies e ver.
Que o dia amanheceu pra você...
Deitar os pés sobre a relva ainda molhada.
E dizer o quanto está feliz
Por estar ali...

Deixar suas pegadas no tempo.
Em que o mortal e apenas coadjuvante.
Da história que não se repete.
Novos capítulos são erguidos como castelos
De carta.
E o vento sopra jogando tudo pelo chão...

O que te traz as lembranças?
Tudo o que o tempo tem tentado levar.
Deita seus pés sobre as pedras
Que te jogaram pelo caminho que você passou.
Faça um castelo sobre o monte.
Monte mas alto...

Onde teus dedos toquem o céu.
E sua cabeça se inclina sobre o colo de Deus.
Ali sentada reflita.
Onde e seguro.
E deposite agora todo seu coração.
E viva a esperança.
O amor...
Semeando e plantando
Pra que colha em tempo futuro...


Com carinho margá

AMANHECER...

AMANHECER


O amanhecer trouxe uma arte
Que em pensamento eu tentei decifrar
Não ta fácil.
Nem deixar de querer entender.

Pintei de azul
O que eu já entendi
De rosa o que eu queria
De branco o que sempre desejei
De amarelo o que me fazia feliz

Anotei cinco números
Na parede da memória
E marquei tracejando...
Pedi com carinho
Tantas coisas.
Mas somente uma me interessa.

Separei pra você
Tudo o que de mim e melhor
E o pior estou tentando fazer ficar bom.
Para ser merecedora das cinco coisas tão preciosa.
Que pintei na parede da minha memória...

Teu amor
Teu carinho
Teu respeito
Tua amizade
Teu tempo
Tua verdade...

TEORIA...

Teoria...


Nem com toques
Ou volúpias
Nem com a dor
Nem com olhares
Nada no seu contexto
Supõe ao certo

A exatidão em mim contida
Não mistura
Não fala...
Simplesmente cala.
Diante das tuas vontades
E desejos
Que não são pra mim.

De Olhar-te meus olhos ficaram tristes
De querer se perderam
Minha boca não reclama
Meu corpo não, mas te chama.
Deitou nas pétalas ao por do sol
Molhou do orvalho da manha.

Simplesmente cansou
De ser esquecido...
De suar
Que querer dar vida a teu corpo.
E agora na exatidão do dia...
Apenas olha o tempo passar.